3.10.2006

This is just one of my favorite things


SUBLIME
My favorite Word

From the book “Monet’s water lilies”
By :Vivian Russell


Tratado do sublime

Capitulo VII

Como se possa conhecer o Sublime.


Devemos saber, amado Terenciano, que assim como nesta nossa vida não se reputa coisa grande aquela cujo desprezo è grande, como v. g. as riquezas, as honras, as dignidades, os impérios e todos os outros bens que so exteriormente têm um pomposo aparato, assim também a um espírito prudente não parecerão bens extraordinários aqueles cujo desprezo for um bem não pequeno; pois menos costumamos admirar os que os possuem do que aqueles que, podendo possui-los, os desprezam por grandeza de ânimo. Por isso, talvez também devemos observar os lugares elevados dos Poemas e Orações; porque alguns têm aparência de grandeza, fingida muitas vezes temerariamente com palavras estrondosas; mas, postos depois a vista e examinados, só se lhes acha um vão tumor que os faz mais dignos de desprezo do que de admiração. Porque a nossa alma naturalmente se eleva em certo modo com o Sublime verdadeiro; e, concebendo um nobre e soberbo ardor, se enche de grande alegria e jactância, como se ela mesmo houvera produzido o que ouviu. Mas quando de um homem sábio e versado em estudos da Eloquência ouvimos em qualquer ocasião algum lugar gue nern eleva a nossa alma a sublimidade, nem deixa que ponderar mais a nossa ideia do que o mesmo que se disse; e, antes pelo contrário, cai e não sustém a sua grandeza (Se uma e outra vez observares) não pode jamais ser verdadeiro Sublime, pois que so se conserva nos ouvidos enquanto dura o som das palavras. 0 verdadeiro Grande e Sublime é aquele cuja admiracão nos tem por muito tempo suspenso o ânimo: sendo difícil, ou para meihor dizer, impossIvel o resistir-lhe, por se conservar firme e indelével na nossa memória. Enfim, o julgo bom e verdadeiro Sublime aquele que sempre agrada, e a todos ; porque quando uma mesma coisa dita em presença de pessoas que diferem em profissão, em vida, em
afectos, em idade e em linguagem, agrada uniformemente
a todos, então o juízo e aprovação que resulta de génios que são discordes em outras matérias, adquire uma prova vigorosa e indubitável de que é sublime e maravilhosa.



Capitulo VIII

Dos cinco lugares de que nasce o Sublime.

Cinco são (para assim dizermos) as fertilissimas fontes
da Sublimidade, devendo supor-se dantes, como fundamento
universal destas cinco espécies, a faculdade de dizer, sem
a qual tudo o mais fica inútil. A primeira e mais considerável
é uma certa elevacão do espírito, que nos faz pensar com
abundãncia e felicidade ... É a segunda o afecto veemente e cheio de
entusiasmo; mas estas duas fontes do Sublime nascem pela maior parte da mesma natureza, as outras se adquirem pela arte. Consiste a terceira em uma certa disposicão das figuras, as quais são de duas espécies: umas pertencem ao modo de pensar, outras ao de dizer. A quarta é a frase nobre. Esta se divide também em duas classes, quais são a escolha dos vocábulos e a dicçao elegante e figurada. A quinta, que é causa da grandeza e compreende em si todas as antecedentes, é a composicão em toda a sua dignidade e elevação.
...
CAPtTULO X
....

Igual aos Deuses me parece aquele,
Que fronte a fronte te contempla, e junto
De ti se assenta, que ditoso te ouve
Doce falando,
E doce rindo; mas apenas vejo
0 teu semblante, o coração medroso
Salta no peito, nem voz na garganta
Mais se me solta:
Fica-me a lingua entorpecida, e logo
Um logo corre subtilmente o corpo,
Perco dos olhos a luz, e os ouvidos
Sinto tinir-me.
Frígida toda, banhada em suores
Tremo, e o rosto se me amarelece.
Perto, e da morte, que por pouco expiro
Já me parece.
Mas se o preciso, sofrer devo tudo, etc.
...
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Sappho. (c. 610., 570 BC)

‘Tratado do sublime
de Dionisio Longino’

De: Jose de Oliveira


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2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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10.3.06  
Blogger malou said...

So terribly funny babe.

10.3.06  

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