7.21.2006

This is just one of my favorite things

O NEGOCIO DA VERDADE


FÉNIX
procuro a pena mas a pena é pato
que num bico de tinta se tortura
e esfera que roda na tontura
de uma letra difícil e que mato

a pena é arma e ama quem a usa
esferograficamente ou só carvão do lápis
o sangue negro da caneta é rubro
como um sonho de rosas que se abusa

neste papel espelho narciso é filiforme
envolvido do dedos e impulsos
a perturbar a folha do plátano outono

e a escrita surge em água ou animal
que foge polo espaço dos seus usos
e se nega na entrega de um sinal
E.M.de Melo e Castro
From
IMAGE
Unidentified artist

0 Comments:

Post a Comment

<< Home