4.21.2006

This is just one of my favorite things

BLUE EYES
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Eyes of an Angel

The earth sheds tears, whispers among the breeze
Talk of love and pain and human things
I invisibly haunts our skies, down to here where truth lies
Giving us freedom, will, and the ability to cry out
I give you a guiding hand to find what's inside
You can't escape what lies in your mind
Your heart can hear, but only words can speak
Of what's there, undeniable voice, filled with feelings
Despite the darkness, we are filled with light
A place to go when there's no other place to hide
Despite the evil and shadows and tempters
Always a choice to do something much better
With our hearts, must give love away
Renew broken bonds, forgiveness, things to say
All of this has got to start today
This place, this earth, is a temporary home
Not meant to belong here, always will feel alone
Rumors of another life beyond this
Short time to be here- so make it right
You are tested everyday and everynight
Morality for every situation, use good to fight
Never pass up the chance to show someone the good of light
Love, hope, virtues, and much more
The only way to survive, to endure
What's here for us, what is in store
Have to learn our own right paths
We grow from the things that make us sad
Spirit strengthens, turns out not to be that bad
Despite the pain, you can gain so much
Fall into those wings and feel love's familiar touch
The touch, the taste, the scent, the sight
Because time flies by like a thief in the night
In the end, you'll know you were right.
Sarah Jeanne Browne

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O poeta tem olhos de água para reflectirem todas as cores do mundo,
e as formas e as proporções exactas, mesmo das coisas que os sábios desconhecem.
Em seu olhar estão as distâncias sem mistério que há entre as estrelas,
e estão as estrelas luzindo na penumbra dos bairros da miséria,
com as silhuetas escuras dos meninos vadios esguedelhados ao vento.
Em seu olhar estão as neves eternas dos Himalaias vencidos
e as rugas maceradas das mães que perderam os filhos na luta entre as pátrias
e o movimento ululante das cidades marítimas onde se falam todas as línguas da terra
e o gesto desolado dos homens que voltam ao lar com as mãos vazias e calejadas
e a luz do deserto incandescente e trémula, e os gestos dos pólos, brancos, brancos,
e a sombra das pálpebras sobre o rosto das noivas que não noivaram
e os tesouros dos oceanos desvendados maravilhando com contos-de-fada à hora da infância
e os trapos negros das mulheres dos pescadores esvoaçando como bandeiras aflitas
e correndo pela costa de mãos jogadas pró mar amaldiçoando a tempestade:
- todas as cores, todas as formas do mundo se agitam e gritam nos olhos do poeta.
Do seu olhar, que é um farol erguido no alto de um promontório,
sai uma estrela voando nas trevas
tocando de esperança o coração dos homens de todas as latitudes.
E os dias claros, inundados de vida, perdem o brilho nos olhos do poeta
que escreve poemas de revolta com tinta de sol na noite de angústia que pesa no mundo.


Manuel da Fonseca
Poemas completos

2 Comments:

Blogger RS said...

São fantásticos.
Aliás, a lista de adjectivos começados pela letra "F" para qualificar estes olhos parece inesgotável.
;)

Um abraço,
RS

21.4.06  
Blogger malou said...

Caro RS
São de verdade! Quanto aos adjectivos em Português começados por F que se apliquem, não recordo mais que hummm dois Fantásticos, Fabulosos, Famosos, não pelo menos de momento.
Pertencem à minha criança, os meus infelizmente são castanhos, sempre quis ter olhos azuis como os da minha mãe azuis céu e transcendentais.
Malou

22.4.06  

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