4.30.2006

This is just one of my favorite things

CONQUISTAS




SOUND:
Tiny Dancer
ELTON JOHN
PHOTO:
Unidentified author

4.28.2006

This is just one of my favorite things

THE INNER VOICE

QUE É ISTO DE SILÊNCIO?...

Que é isto de silêncio?
Não ouve o marinheiro o mar e ele ruge.
Nem o mar ouvirá jamais o marinheiro.

Que é isto de silêncio?
o cavador não ouve a cegarrega
nem pressentem ralos e cigarras
o aço da enxada.

Eis o ruído que não é connosco
por de nós ser parte:
— siléncio, pétala arriscada
da flor em tumulto.
Pedro Tamem
Only Be Still

‘Only be still, and in the silence grow,’
If thou art seeking what the gods bestow.
This is the simple, safe, and certain way
That leads to knowledge for which all men pray
Of higher laws to govern things below.

But in our restless discontent we go
With noisy importuning day on day—
Drowning the inner voice that strives to say
‘Only be still, and in the silence grow.’

We doubt, we cavil, and we talk of woe—
We delve in books, and waste our forces so;
We cling to creeds that were not meant to stay,
And close our ears to Truth’s immortal lay.
Oh wouldst thou see, and understand, and know?
Ella Wheeler Wilcox

Photos: 1,2 - unidentified author

4.27.2006

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ESTADOS DE ESPIRITO

Photo: Nicholas Mcalip

ANGUSTIA

Tortura do pensar ! Triste lamento !
Quem nos dera calar a tua voz !
Quem nos dera cá dentro, muito a sós,
Estrangular a hidra num momento!

E não se quer pensar!... e o pensamento
Sempre a morder-nos bem, dentro de nós...
Querer apagar no céu — ó sonho atroz! -
o brilho duma estrela, com o vento! ...
E não e apaga,não... nada se apaga!
Vem sempre rastejando como a vaga.
Vem sempre perguntando : O que te resta?. . .

Ah ! não ser mais que o vago, o infinito!
Ser pedaço de gelo, ser granito,
Ser rugido de tigre na floresta!

Florbela Espanca

Photo: Dennis Olivier
A Meeting With Despair


As evening shaped I found me on a moor
Which sight could scarce sustain:
The black lean land, of featureless contour,
Was like a tract in pain.

"This scene, like my own life," I said, "is one
Where many glooms abide;
Toned by its fortune to a deadly dun--
Lightless on every side.

I glanced aloft and halted, pleasure-caught
To see the contrast there:
The ray-lit clouds gleamed glory; and I thought,
"There's solace everywhere!"

Then bitter self-reproaches as I stood
I dealt me silently
As one perverse--misrepresenting Good
In graceless mutiny.

Against the horizon's dim-descernèd wheel
A form rose, strange of mould:
That he was hideous, hopeless, I could feel
Rather than could behold.

"'Tis a dead spot, where even the light lies spent
To darkness!" croaked the Thing.
"Not if you look aloft!" said I, intent
On my new reasoning.

"Yea--but await awhile!" he cried. "Ho-ho!--
Look now aloft and see!"
I looked. There, too, sat night: Heaven's radiant show
Had gone. Then chuckled he.

Thomas Hardy

4.26.2006

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THE POWER OF WORDS

4.25.2006

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LEST WE FORGET
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A Poem for Remembrance Day

"The inquisitive mind of a child"

Why are they selling poppies, Mummy?
Selling poppies in town today.
The poppies, child, are flowers of love.
For the men who marched away.

But why have they chosen a poppy, Mummy?
Why not a beautiful rose?
Because my child, men fought and died
In the fields where the poppies grow.

But why are the poppies so red, Mummy?
Why are the poppies so red?
Red is the colour of blood, my child.
The blood that our soldiers shed.

The heart of the poppy is black, Mummy.
Why does it have to be black?
Black, my child, is the symbol of grief.
For the men who never came back.

But why, Mummy are you crying so?
Your tears are giving you pain.
My tears are my fears for you my child.
For the world is forgetting again.

Author Unknown
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Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão
1956
Photos: Unidentified authors

4.22.2006

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DAY BY DAY
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A HISTORIA DE UM DIA

A abóbada da tarde mais uma vez acaba
o sol de a fechar sobre a minha diária aventura
Viram-no partir pontualmente à mesma hora
quando num pouco de dia a um canto sempre a um canto
Já eu tinha conseguido arredondar
uma íntima ampola de som para a palavra definitiva
Ia mesmo soltá-la eu que todo o dia fui para ela quando
ele me deixou e foi abrir outras portas
erguer verticalmente caídas esperanças
e passar novas mãos por tantas faces mortas
Só me resta recolher a meu rebanho de pensamentos
com um vago rumor de guizos
enquanto à beira-mar os camponeses deixam
palavras não aladas cair na água morta
Morro irremediavelmente nesses pensamentos
que ainda agora o sol iluminava
enquanto eu os estendia e os recolhia
e os orientava numa direcçao que convinha
e os precipitava sobre a fumo de uma casa
sobre um buraco de luz ou uma coluna de fumo
mais volúveis que um bando de pássaros
Morro mais uma vez criticamente complete
Todos os gestos
carregados com vinte e quatro horas de histónia
de ventre ferido na aventura do restolho
petrificaram inevitavelmente
na face orientada de uma estátua
aqui ou noutro jardim
Todo o caminho é de regresso
Amanhã serei outro: lavarei os dentes com toda a solenidade
como antigamente meu pai antes das grandes viagens
enquanto alguém no espelho
se encarregará de olhar pelos meus olhos
Assim sou passado de dia em dia confiado pelo dia
que parte ao dia que chega
não venha o sino que ao longe toca perturbar
as linhas de um rosto que recompus
e pus de pé na atmosfera doméstica
Fechar um postigo pode ser um gesto cheio de significado quando
na arrumada paisagem quotidiana
a expectativa marcada pela funda inspiração
nos revela duas ou três mãos
postas sobre a colina
Amanhã serei outro

Rui Belo

Obra poetica
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Count That Day Lost

If you sit down at set of sun
And count the acts that you have done,
And, counting, find
One self-denying deed, one word
That eased the heart of him who heard,
One glance most kind
That fell like sunshine where it went --
Then you may count that day well spent.

But if, through all the livelong day,
You've cheered no heart, by yea or nay --
If, through it all
You've nothing done that you can trace
That brought the sunshine to one face--
No act most small
That helped some soul and nothing cost --
Then count that day as worse than lost.
George Eliot

4.21.2006

This is just one of my favorite things

BLUE EYES
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Eyes of an Angel

The earth sheds tears, whispers among the breeze
Talk of love and pain and human things
I invisibly haunts our skies, down to here where truth lies
Giving us freedom, will, and the ability to cry out
I give you a guiding hand to find what's inside
You can't escape what lies in your mind
Your heart can hear, but only words can speak
Of what's there, undeniable voice, filled with feelings
Despite the darkness, we are filled with light
A place to go when there's no other place to hide
Despite the evil and shadows and tempters
Always a choice to do something much better
With our hearts, must give love away
Renew broken bonds, forgiveness, things to say
All of this has got to start today
This place, this earth, is a temporary home
Not meant to belong here, always will feel alone
Rumors of another life beyond this
Short time to be here- so make it right
You are tested everyday and everynight
Morality for every situation, use good to fight
Never pass up the chance to show someone the good of light
Love, hope, virtues, and much more
The only way to survive, to endure
What's here for us, what is in store
Have to learn our own right paths
We grow from the things that make us sad
Spirit strengthens, turns out not to be that bad
Despite the pain, you can gain so much
Fall into those wings and feel love's familiar touch
The touch, the taste, the scent, the sight
Because time flies by like a thief in the night
In the end, you'll know you were right.
Sarah Jeanne Browne

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O poeta tem olhos de água para reflectirem todas as cores do mundo,
e as formas e as proporções exactas, mesmo das coisas que os sábios desconhecem.
Em seu olhar estão as distâncias sem mistério que há entre as estrelas,
e estão as estrelas luzindo na penumbra dos bairros da miséria,
com as silhuetas escuras dos meninos vadios esguedelhados ao vento.
Em seu olhar estão as neves eternas dos Himalaias vencidos
e as rugas maceradas das mães que perderam os filhos na luta entre as pátrias
e o movimento ululante das cidades marítimas onde se falam todas as línguas da terra
e o gesto desolado dos homens que voltam ao lar com as mãos vazias e calejadas
e a luz do deserto incandescente e trémula, e os gestos dos pólos, brancos, brancos,
e a sombra das pálpebras sobre o rosto das noivas que não noivaram
e os tesouros dos oceanos desvendados maravilhando com contos-de-fada à hora da infância
e os trapos negros das mulheres dos pescadores esvoaçando como bandeiras aflitas
e correndo pela costa de mãos jogadas pró mar amaldiçoando a tempestade:
- todas as cores, todas as formas do mundo se agitam e gritam nos olhos do poeta.
Do seu olhar, que é um farol erguido no alto de um promontório,
sai uma estrela voando nas trevas
tocando de esperança o coração dos homens de todas as latitudes.
E os dias claros, inundados de vida, perdem o brilho nos olhos do poeta
que escreve poemas de revolta com tinta de sol na noite de angústia que pesa no mundo.


Manuel da Fonseca
Poemas completos

4.19.2006

This is just one of my favorite things

BECAUSE IT’S WORTH IT
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A verdade, como a inocência, costuma estar inerme: não toma o cuidado de se precaver com alibis. Essa é a sua miséria, essa é a sua grandeza.
Pilar Urbano
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Defending the truth is not something one does out of a sense of duty or to allay guilt complexes, but is a reward in itself.
Simone de Beauvoir

4.18.2006

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DUALIDADES
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Reverência ao destino

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos
dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo,mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

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Touched by An Angel

We, unaccustomed to courage
exiles from delight
live coiled in shells of loneliness
until love leaves its high holy temple
and comes into our sight
to liberate us into life.

Love arrives
and in its train come ecstasies
old memories of pleasure
ancient histories of pain.
Yet if we are bold,
love strikes away the chains of fear
from our souls.

We are weaned from our timidity
In the flush of love's light
we dare be brave
And suddenly we see
that love costs all we are
and will ever be.
Yet it is only love
which sets us free.

by Maya Angelou

4.17.2006

This is just one of my favorite things

BEING THE VESSEL

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Those who would take over the earth
And shape it to their will
Never, I notice, succeed.
The earth is like a vessel so sacred
That at the mere approach of the
profane it is marred.
They reach out their fingers and it is
gone.
Lao Tzu
Haverá na face de todos um profundo assombro
E na face de alguns risos sutis cheios de reserva
Muitos se reunirão em lugares desertos
E falarão em voz baixa em novos possíveis milagres
Como se o milagre tivesse realmente se realizado
Muitos sentirão alegria
Porque deles é o primeiro milagre
E darão o óbolo do fariseu com ares humildes
Muitos não compreenderão
Porque suas inteligências vão somente até os processos
E já existem nos processos tantas dificuldades...
Alguns verão e julgarão com a alma
Outros verão e julgarão com a alma que eles não têm
Ouvirão apenas dizer...
Será belo e será ridículo
Haverá quem mude como os ventos
E haverá quem permaneça na pureza dos rochedos
No meio de todos eu ouvirei calado e atento,
comovido e risonho
Escutando verdades e mentiras
Mas não dizendo nada
Só a alegria de alguns compreenderem bastará
Porque tudo aconteceu para que eles compreendessem
Que as águas mais turvas contêm às vezes as pérolas mais belas
Vinicius de Moraes

4.16.2006

This is just one of my favorite things

THE DIVINE

Ask, and it will he given to you;
seek, and you will ind knock, and it
will be opened to you. For every one
who asks receives, and be who seeks
finds, and to him who knocks it will
be opened.

For who of you, If his son asks him
for bread, will give him a stone? Or if
he asks for fish, will give him a
serpent? If you, then, who are
imperfect, know how to give good
gifts to your children, how much
more will your Father who is in
heaven give good things to those who
ask him!

MATTHEW 7.7-11


ODES

N ão a ti, Cristo, odeio ou te não
Em ti como nos outros creio deuses mais velhos.
So te tenho por não mais nem menos
Do que eles, mas mais novo apenas.


Odeio-os sim, e a esses com calma aborreço,
Que te querem acima dos outros teus iguais deuses.
Quero-te onde tu stás, nem mais alto
Nem mais baixo que eles, tu apenas.


Deus triste, preciso talvez porque nenhum havia
Como tu, um a mais no Panteão e no culto,
Nada mais, nem mais alto nem mais puro
Porque para tudo havia deuses, menos tu.


Cura tu, idólatra exclusivo de Cristo, que a vida
É múltipla e todos os dias são diferentes dos outros,
É só sendo múltiplos como eles
Staremos com a verdade e sós.

Ricardo Reis
9-10-1916

4.15.2006

This is just one of my favorite things

CREATION

PERFECT LIBERTY

1. Vida é art.
2. A inteira vida de um individuo é uma sucessão contínua de auto expressão.
3. O individuo é uma manifestaçao de Deus.
4. Sofremos se não expressamos a nossa individualidade.
5. Perdemos a nossa identidade se somos abalados pelos nossos sentimentos.
6. A nossa verdadeira identidade é revelada quando o ego é eliminado.
7. Tudo existe numa relação mutua de coexistência.
8. Vive radiantemente como o sol .
9. Todos os indivíduos são iguais.
10. Proporcionar felicidade mutua através de expressões pessoais.
11.Depende em Deus em todos os momentos.
12.Existe em cada momento, propósito para cada individuo.
13.Existe uma maneira para o homen e existe outra maneira para a mulher.
14.Tudo existe com o propósito de paz no mundo.
15. O nosso ambiente é um reflexo da nossa mente.
16.Todas as coisas progridem e se transformam.
17. Concebe a essência de todas as coisas.
18. A cada momento o individuo encontrasse na encruzilhada do bem e do mal.
19.Aplica de imediato o que primeiro a consciência propõem .
20.Alcança o perfeito estado mental de harmonia entre espírito e matéria.
2 1. Vive em perfeita liberdade.
Manifesto Kyodan
PERFECT MIND

Don’t be unaware of me,
anywhere or at anytime.

For I am the beginning and the end.
I am both whore and holy.
l am wife and virgin.
I am barren and fertile.
I am bride and bridegroom.
My husband is my father,
and l am his mother.
I am the incomprehensible silence
and the idea that cannot be forgotten.
I am knowledge and ignorance.
l am ashamed and shameless:
I am bold and frightened.
l am war and peace. Listen to me —
I am the disgraced and the respected
Recognize my poverty and riches.
Don’t arrogantly dismiss me
when l am despised,
and you will find me.
Don’t point at me when I’m on the dung heap,
and leave me reviled,
and you will find me.
Don’t laugh at me when lam disgraced and humbled.
Don’t detest me,
when I am violently killed.
For I am compassion and I am cruelty.

Be aware.
Don’t hate my disobedience
and don’t love my self-discipline.
Don’t forsake me in my weakness
and don’t fear my power.
Why do you not value my terror
and curse my pride?

l am She — present in all fear.
I am strength in trembling.
I am senseless and wise.

I am the one you have despised,
yet you venerate me.
I am the one you hide from,
yet I still see you.
But when you hide from yourself—
I will appear to you.
And when you appear—
I will hide from you.

I am control and uncontrollable
l am sentence and acquittal
l am sinless and the root of all sin.
Everyone can hear me,
but no one can understand me.
Listen to my gentleness, and learn from my roughness.
I am She who cries out.

Hear me then, you who are listening,
and you angels and messengers,
and spirits arisen from the dead.
I am the One who alone exists.

CHRISTIANITY
GNOSTIC Gospel.
The thunder, Perfect mind

4.14.2006

This is just one of my favorite things

I AM THAT I AM
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Tapestry by: Nicole Ritmeister
Eu sou o estreito caminho de luz entre os mundos, a verdade que não sendo sabida é compreendida através da harmonia e da existência: Eu sou a única ligação com Deus.
Yeshua (Jesus)
(John 14: 6)
Translated from the Peshitta gospels

I Am that I Am

WHEN YOU WAKE AND WONDER
WHO IT IS I AM -
YOU MAY BE SURPRISED
I AM THE ONE THAT WAS SLAIN
THE ONE THAT DID NOT DIE -
I AM THE SAVIOR I AM THE SERVANT
I AM THE AUTHOR OF YOUR FAITH
I AM THE MAN OF SORROW
THE PRINCE OF PEACE
MEN LOVE AND HATE -
I AM THE LION OF JUDAH
I AM THE ALMIGHTY ONE
I AM THE KING OF KINGS
THE ONLY BEGOTTEN SON - I
AM THE ONE SO DEEPLY LOVED
THAT WAS SO BADLY HURT
I AM BLESSED BY THE BEST
I AM CURSED BY THE WORST -
I AM CRUCIFIED BY KINGS
AFRAID TO FACE THE TRUTH
I AM BETRAYED BY THE WISE
WHO PROFIT FROM MY ABUSE -
I AM THE ONE DENIED BY THOSE
WHO PERSECUTE ME AND YOU
STILL I SAY FORGIVE THEM
THEY KNOW NOT WHAT THEY DO -
I AM THE BREAD OF LIFE
AND THE CHIEF CORNERSTONE
I AM THE GOOD SHEPHERD
AND THE ROCK TO BUILD UPON -
I AM THE HEAD OF THE CHURCH
I AM THE BISHOP OF SOULS
I AM THE WORD OF GOD
THE TRUTH SO SELDOM TOLD -
I AM THE LIGHT OF THE WORLD
THE DAYSPRING NIGHT AND DAY
I AM THE BRIGHT AND MORNING STAR
THE TRUTH THE LIGHT AND THE WAY -
I AM THE ALPHA AND OMEGA
THE BEGINNING AND THE END
I AM THE ROSE OF SHARON
I AM ALL THINGS TO ALL MEN -
I AM THE REDEEMER
THAT SO MANY HAVE REFUSED
I AM THE BLOOD WINE AND WATER
I AM LIVING PROOF -
AND TO THE PRIEST AND PROFITS
WHO PERVERT THE WORDS I USE
FOR THEM I AM HELL
UNTIL THEY TEACH THE TRUTH -
FOR I AM FORGIVENESS
FOR THE DAMAGE THAT THEY'VE DONE
WITH ALL OF THEIR DOCTRINES
THAT DIVIDE AND ENSLAVE SOME -
FOR SO MANY STAND IN DARKNESS
AND PRAY FOR MY LIGHT
SPEAKING OF THE TRUTH
WHILE SHOUTING OUT THEIR LIES -
AND TO THOSE WHO SAY THEY SEE
AND SEEK TO BLIND THE MULTITUDES
THEIR EYES WILL BE CLOSED
SO I MAY OPEN THOSE CONFUSED -
FOR I AM MERCY ON THE SIMPLE
WHO DO NOT KNOW THE TRUTH-
I AM PITY ON THE WISE
FOOLS WHO THINK THEY DO -
FOR THERE IS NO DARKNESS
THAT IS GREATER THAN MY LIGHT-
AS THERE IS NO ARMY
THAT WILL NOT PERISH AT MY SIGHT
AND SOON YOU WILL SEE I AM
I AM IN ALL OF YOU
SO I SAY FORGIVE THEM,
THEY KNOW NOT WHAT THEY DO
FOR NOW I AM COME
I AM RISEN IN A FEW
I AM ASLEEP IN SOME
BUT I AM ALIVE IN ALL OF YOU
AND SOON ALL WILL SEE I AM
I AM THE ONE THEY SLEW
I AM - THAT- I AM
I'M THE CRUCIFIED LIVING TRUTH
Philip Adams

4.13.2006

This is just one of my favorite things

SUCH AS IT IS
MARTYRS OF TODAY

Como duram pouco
hoje
os mártires.
Espancados, torturados, perseguidos,
assassinados a tiro ou a sorrisos,
os nomes deles povoam as memórias
dos mártires seguintes
nada mais.
E as faces deles perpassam
em jornais, na TV, rapidamente
para que os perseguidores
arrotando
peidando-se
palitando os dentes
na penumbra solitária da salinha
possam esquecê-los
depressa.
Além disso,
os mártires de hoje
não são sequer pessoas respeitáveis:
promíscuos, pederastas, dominó
para os dois lados, bêbados, ou viciados em drogas,
cabeludos, piolhosos, mal-cheirosos,
ainda por cima, as vezes,
trabalhadores honestos e pais de famIlia.
Que mundo pode vir de tamanha degradação?
O perseguidor - politicos, militares, policias,
velhas solteiras, todos
os que velam pela limpeza dos jardins,
dos esgotos, das cadeias, dos cemitérios -
interroga-se corn indignação
(e adormece sonhando com um
jogo de espelhos que lhes per-
mita ao menos contemplar
uma vez, antes de morrerem,
O próprio cu).
Como duram pouco
hoje
Os mártires.

Jorge de sena
May, 13/1969

By such and such an offering

By such and such an offering
To Mr. So and So,
The web of live woven—
So martyrs albums show!

Emily Dickinson
1830-1886

4.12.2006

This is just one of my favorite things

A CIDADE
JC CELEBRA 0 DIA DO POETA

Quão diferentes acho, teu fado e o meu, quando os cotejo:
outra causa nos fez, perdendo Tejo. eoncontrar novos aires e
desaires; e versos tão diversos escrevemos, os teus famosos e heróicos
a mim cabendo avez da negativa epopeia; nãn te imito
nos dons da natureza. nem as eras são de
igual grandeza. mas ambos regressámos à l usitana praia e
hoje penso em ti junto ao teu mar. neste bafo de fomo que
se abre às tardes em quo o calor me deixa entonteado, o ar
ardento enchendo o peito de felicidade; na brisa seca levi.
tar, no verde cheiro a algas, na vastidão pela vista limitada
e não por margens senão as do velho Tejo degradado. pobre
rio, com silos e tanques do gasolina até junto ao estuário
amado Tejo em que me revejo e não sem revolta aceito, o ter
de um dia te deixar, abandonar o gosto de te olhar do alto
destas ruas donde brilhas com reflexos de sol e de barcos
que passam devagar, Tejo monótono e mutável, trazendo,
levando areias e sargaços e mastros e dejectos e desastres;
morrer já bateu certo quando era atravessar um rio, talvez
o Tejo nascendo dos infernos carregado da memória dos
mortos que pesam na cidade de modo exagerado, Lisboa
onde vagueio por viela vazias de feriado, rua dos Remo-
lares, largo do S. Paulo, ruelas ribeirinhas com drogarias
tão antiquadas que merecem a falsa eternidade dos catá-
logos, loja arcaicas, mercearias sujas e finas. alfaiatarias
hibernadas desde a vinda do pronto a vestir, barbeiros de
brilhantina e camisa de domingo passeando nas travessas
desertas, ao longe ruídos de rodas de ferro ms curva das
calhas dos eléctricos, Lisboa entregue á bicharada, ao lixo.
aos ratos. Lisboa descansando das manifestacões diárias. dos
punhos fechados do povo unido desunido quo julga jamais
será vencido, no naufrágio geral, no sufrágio universal, na
catástrofe que se aproxima perante a indiferença da cidade,
nisso decerto sábia; eis-me pois entre fastos passados e nefas-
tos futuros aqul esquecido do mundo neste canto onde canto
contudo os que se vão afogar e insistem em nadar sem saber
para onde, contra tudo e todos, contra as ondas, contra marés
inelutáveis, contra mares há muito navegados.

Almeida Faria
The City of Dreadful Night
Excerpt
VII
Some say that phantoms haunt those shadowy streets,
And mingle freely there with sparse mankind;
And tell of ancient woes and black defeats,
And murmur mysteries in the grave enshrined:
But others think them visions of illusion,
Or even men gone far in self-confusion;
No man there being wholly sane in mind.

And yet a man who raves, however mad,
Who bares his heart and tells of his own fall,
Reserves some inmost secret good or bad:
The phantoms have no reticence at all:
The nudity of flesh will blush though tameless
The extreme nudity of bone grins shameless,
The unsexed skeleton mocks shroud and pall.

I have seen phantoms there that were as men
And men that were as phantoms flit and roam;
Marked shapes that were not living to my ken,
Caught breathings acrid as with Dead Sea foam:
The City rests for man so weird and awful,
That his intrusion there might seem unlawful,
And phantoms there may have their proper home.
JAMES THOMSON
January 1882

4.10.2006

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HOJE


É Talvez o Último Dia da Minha Vida

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.


Alberto Caeiro



Look to this day.
In it lie all the realities and verities of existence,
the bliss of growth, the splendour of action,
the glory of power.
For yesterday is but a dream and
tomorrow is only a vision.
But today, well-Iived, makes every yesterday
a dream of happiness and every tomorrow
a vision of hope.


SANSKRIT PROVERB

4.07.2006

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SER

OUTRO
Passo triste no mundo, alheio ao mundo.
Passo no mundo alheio, sem o ver,
É, místico, ideal e vagabundo,
Sinto erguer-se minh’Alma do profundo
Abismo do meu Ser.

Vivo de Mim em Mim e para Mim
E para Deus em Mim ressuscitado.
Sou Saudade do Longe d’onde vim,
E sou Ãnsia do Longe em que por fim
Serei transfigurado.

Vivo de Deus, em Deus e para Deus,
E minha ’Alma, sonâmbula esquecida,
N’Ele fitando os tristes olhos seus
Passa triste e sozinha olhando os céus
No caminho da Vida.

Fui Outro e, Outro sendo, Outro serei,
Outro vivendo e mística beleza
Por esta humana forma que encarnei,
Por lágrimas de sangue que chorei
Na terra de tristeza.

Espiríto na Dor puxificado,
Ser que passa no mundo sem a ver.
Em esta pobre terra de pecado
Amor divino em Deus extasiado.
o meu Ser é Nào-ser em Outro-ser
Ronaldo de carvalho
Lisboa
1914
in Orpheu 1
The Happiness of Also Refusing Happiness
The happiness of refusing happiness
The joy of refusing joy
Passionately keeping passion back
Proudly breaking pride in ecstasy.
Night in the forest on trouble’s path
All rustling has become one tree
One secret calling cry for help
One star glowing, a small eye.
What’s sense here? I don’t know why--
Still walking, now I’m at the door
Chaos behind. The door’s a lamp
Inside the cry of help before.
The mussar house inside of me
Murmurs, mirage of childhood awe
Yellow the lamp above the door
Faces parchment ecstatic glow
They’re putting it out.
All kinds of cryIn black dispersed.
Wings’ heat unloosed
Cry of pain exalted sings
I am on fire, and in terror: frost
The mussar songs of distant past
Which years-long awed me radiant
My whole life’s warring with myself
Winning, I’m lost in forest chant.
Light’s out. Again dark radiates
The mussar song, pained ecstasy
The happiness of refusing happiness
And the joy of also refusing joy.
Original Yiddish poem
Mussar: Jewish religious-ethical movement, beginning in nineteenth-century Eastern Europe, stressing rigorous self-examination and purification of motives in the service of God.

4.06.2006

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TO BE

ODE

Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
E livre; quem não tem, e não deseja,
Homem é igual aos deuses.

RICARDO REIS
(1930)


Sickness arises from total involvement
in the process of misunderstanding
from beginningless time.
It arises from the passions
that result from unreal mental constructions,
and hence ultimately nothing is perceived
which can be said to be sick.
What is the elimination of this sickness?
It is the elimination of egoism and possessiveness.
What is the elimination of egoism and possessiveness?
It is the freedom from dualism.
What is freedom from dualism?
It is the absence of involvement
with either the external or the internal.
What is absence of involvement
with either external or internal?
It is non-deviation, non-fluctuation,
and non-distraction from equanimity.
What is equanimity?
It is the equality of everything from self to liberation.
Why?

Buddhism holy teachings of the vimalakirtit

4.05.2006

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DIÁLOGOS

Yes, I did write in my letter
that I would wait for you forever
I didn’t mean exactly “forever”
I just included it for the rhythm.
No, he was not among them.
There were so many of them!
More than I’ve seen in my life
on any television screen.
And yet he was not among them
he has eyes
and gestures
and anxiety
but he was not among them.
It has no carvingsor hands.
It always remains there
in front of the television
this empty chair.
I dream of a magic wand
that changes my kisses to stars
at night you can gaze at them
and know they are innumerable.
I thank everyone I don’t love.
They don’t cause me heartache
they don’t make me write long letters
they don’t disturb my dreams
I don’t await them anxiously
I don’t read their horoscopes in magazines
I don’t dial their numbers
I don’t think of them.
I thank them a lot
they don’t turn my life upside down.
For the sake of the scenery
I immigrated to this city.
I gradually begin to get closer
to its plastic tree
sand the view folds up around me
like a picture book of flowers does
to a breathless butterfly.
Why, my dears?
Why do you come
only in my dreams?
I drew a door
and sat behind it
ready to open it
as soon as you arrive.

Dunya Mikhail
LÚBRICA

Mandaste-me dizer,
No teu bilhete ardente,
Que hás-de por mim morrer,
Morrer muito contente.

Lançaste no papel
As mais lascivas frases;
A carta era um painel
De cenas de rapazes!

Ó cálida mulhler,
Teus dedos delicados
Traçaram do prazer
Os quadros depravados!

Contudo, um teu olhar
É muito mais fogoso,
Que a febre epistolar
Do teu bilhete ansioso:

Do teu rostinho oval
Os olhos tão nefandos
Traduzern menos mal
Os vícios execrandos.

Teus olhos sensuais
Libidinosa Marta,
Teus olhos dizem rnais
Que a tua própria carta.

As grandes comoções
Tu, neles, sempre espelhas;
São lübricas paixões
As vívidas centelhas...

Teus olhos imorais,
Mulher, que me dissecas,
Teus olhos dizem mais,
Que muitas bibliotecas!

Cesário Verde
1873

4.04.2006

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WHILE YOU HERE...

Song

When I am dead, my dearest,
Sing no sad songs for me;
Plant thou no roses at my head,
Nor shady cypress tree:
Be the green grass above me
With showers and dewdrops wet;
And if thou wilt, remember,
And if thou wilt, forget.

I shall not see the shadows,
I shall not feel the rain,
I shall not hear the nightingale
Sing on, as if in pain
And dreaming through the twilight
That doth not rise nor set,
Haply I may remember,
And haply may forget.

CRISTINA ROSSETTI

Morrem novos aqueles
a quem os deuses amam.
Abençoado quem depois de ver
o espectáculo do sol, dos astros, do oceano
e do fogo, parte rapidarnente
são e salvo, com o coração tranquilo.
Longa ou breve, Parménon,
nunca a vida te dará coisas mais belas.
E como se estivesses assistindo aos jogos
ou fosses convidado para uma festa.
E quanto mais cedo partires
mais depressa podes repousar.

Menandro
Atenas (345-292)

4.03.2006

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BOA COMPANHIA
Phoenix
Phoenix Arising

Eternal art thou
Birthed in celestial flames
Arching wings spread wide
Mighty talons posed to strike
Yours is a beauty both terrible and wondrous
You are the Phoenix arising.

Fated though you are to die
burnt upon scented pyre
Still you arise.
Reborn from your very ashes
Birthed in fire
You are the Phoenix arising.

You have traveled far
Born on flaming wings into death's very maw
What strange and terrible sights have you beheld?
Perhaps 'tis best not to know
Such knowledge might damn the soul
You are the Phoenix arising.

Once more you are reborn
Rising aloft on flame-seared wings
Giving voice to a loud, resounding cry
In which there is mixed awful sadness and joy
A sound piercing to the soul's very core
You are the Phoenix arising.

Steve Nottingham
Delilah

Sansão e Dalila
Opera
em 3 atos de Camille Saint-Saens
com libreto de Ferdinad Lemaire
Ato II

Sansão, guerreiro chefe dos hebreus............tenor

Dalila, sacerdotisa dos filisteus......mezzo-soprano

O vale de palestina


Vê-se à esquerda a habitação de Dalila, com um ligeiro pórtico recoberto de verdejantes folhagens e plantas orientais. Sentada sobre uma rocha, deslumbrantemente vestida, Dalila parece pensativa. A orquestra toca uma música sensual, sugerindo odaliscas dançando nuas. Dalila se preocupa: será que Sansão virá? Será que eu vou poder seduzi-lo? Amour, viens aider ma faiblesse. O Sumo Sacerdote chega para conversar com Dalila. Eles cantam um longo dueto, exprimindo suas preocupações e ansiedades. Ambos estão interessados na destruição de Sansão. O sacerdote oferece a Dalila dinheiro para que ela descubra o segredo da força de Sansão. Ela diz a ele que não se preocupe: seu desejo de vingança já é mais que suficiente. O dueto termina num reverberante pacto de vingança: Unissons-nous tous deux! Mort au chef des hébreux! O sacerdote agora se afasta, para não ser surpreendido por Sansão que já vem chegando. Dalila o cobre de carícias numa ária de resplandecente beleza, Mon coeur s'ouvre à ta voix. Na conversa com Sansão, porém, ela bate sempre na mesma tecla: "Tu não me amas de verdade, Sansão, porque se tu me amasses, tu me revelarias o segredo da tua força." Quando Sansão nasceu, seus pais fizeram uma promessa ao Deus de Israel: Sansão seria consagrado a Deus, seu cabelo jamais seria cortado. Sansão não pode revelar este segredo a ninguém. O que começou num terno diálogo de amor termina num discussão violenta: Dalila pede a Sansão que saia de sua presença e não volte mais. Sansão hesita. Voltando-se para Dalila, ele acaba lhe revelando o segredo fatal. Os dois entram na casa. A tempestade, o trovão e o relâmpago açoitam com fúria aquela casa. Assim que Sansão adormece, Dalila abre a janela e acena para uns soldados filisteus que se escondiam na moita. Sansão grita: Trahison!

4.01.2006

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DEPARTURES

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De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes

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HELAS
To drift with every passion till my soul
Is a stringed lute on which all winds can play,
Is it for this that I have given away
Mine ancient wisdom, and austere control?—
Methinks my life is a twice-written scroll
Scrawled over on some boyish holiday
With idle songs for pipe and virelay
Which do but mar the secret of the whole.
Surely that was a time I might have trod
The sunlit heights, and from life’s dissonance
Struck one clear chord to reach the ears of God;
is that time dead? lo! with a little rod
I did but touch the honey of romance—
And must I lose a soul’s inheritance?
Oscar wilde
1890